Dom Francisco Borja do Amaral, Bispo de Taubaté, ao decidir criar uma nova paróquia em São José dos Campos escolheu como padroeiro o Santo do Calvário – São Dimas.

Em 18 de janeiro de 1951, por decreto canônico, foi criada a Paróquia de São Dimas, sendo o primeiro templo dedicado ao santo no Brasil e na América do Sul.

Provisoriamente, a Matriz de São Dimas foi instalada na Capela do Menino Jesus de Praga, na Vila Ema e teve como primeiro vigário ecônomo Monsenhor Ascânio da Cunha Brandão, nomeado em 29 de janeiro de 1951 e, em 8 de abril, aconteceu a primeira festa do padroeiro, com procissão até o local do futuro templo, onde foi levantada uma cruz e celebrada uma missa campal por Dom Francisco Borja do Amaral.

Do final do ano de 1951 até 1952, os esforços foram voltados para a construção da matriz provisória, inaugurada em 25 de janeiro de 1953.

O projeto do santuário foi feito pelo arquiteto Dr. Benedito Calixto de Jesus Netto, também autor do projeto da Basílica de Aparecida, o qual passou a ser um sonho, não somente do Monsenhor Ascânio, mas de todos os fiéis.
Monsenhor Ascânio idealizou a Paróquia de São Dimas como um centro de romarias de todo o Brasil. Para tanto, construiu o primeiro templo da Matriz de São Dimas, fundou a gráfica São Dimas e o jornal “São Dimas – O Bom Ladrão”, instalou o sistema de alto-falantes da paróquia, criou a Obra Assistencial São Dimas e deixou pronto o projeto para o Santuário de São Dimas.

Em janeiro de 1956, a Matriz de São Dimas perdeu seu pároco, Monsenhor Ascânio Brandão e foi nomeado o novo vigário ecônomo da Paróquia de São Dimas, Padre Ernesto Cunha. Seu trabalho foi dar continuidade à grande obra de Monsenhor Ascânio Brandão e de permanecer com as atividades da igreja, realizando novas conquistas para a Paróquia.

Em 1969, foi constituída uma comissão, com o objetivo de iniciar as obras do novo Santuário de São Dimas e, a década de 70 foi marcada por muita dedicação e trabalho para a construção do Santuário. Três anos mais tarde, as obras estavam finalizadas e as missas de domingo já eram celebradas no novo templo.

Em janeiro de 1981, aconteceu a inauguração oficial do Santuário de São Dimas. Nesse mesmo ano, o Papa João Paulo II elevou a Igreja de São Dimas a catedral, nomeando o primeiro bispo pela Bula Papal “Veni in Beati Petri”, Dom Eusébio Oscar Scheid.

O ano de 1991 foi um ano de festa. Comemoraram-se 40 anos de criação da paróquia, 10 anos de criação da diocese e 10 anos da Catedral de São Dimas com a celebração da Santa Missa no dia 1º de maio, presidida por Monsenhor Antônio de Castro Silva, administrador diocesano e, em 20 de julho Dom Nelson Westrupp foi sagrado o novo bispo da diocese.

Com a transferência de Dom Nelson para a Diocese de Santo André, Padre Moacir Silva foi eleito administrador diocesano e, em 20 de outubro de 2004, Sua Santidade o Papa João Paulo II nomeou-o Bispo da Diocese de São José dos Campos, onde permanece exercendo suas atividades.

Em dezembro de 2004, tomou posse o novo cura da Catedral de São Dimas, Padre Rinaldo Roberto de Rezende, que alicerçado nos trabalhos desenvolvidos até então, investiu na continuidade da construção de uma “Igreja Viva e Participativa”.

Em 1º de maio de 2005, dois acontecimentos foram marcantes para a paróquia: a celebração do Ano Jubilar de Prata da Diocese e a Dedicação da Igreja Catedral. Foram depositadas sob o altar as relíquias de Santo Afonso Maria de Ligório, São Bartolomeu, São Bento, São Félix de Valois, São Francisco Caracciolo, São Francisco de Paula, São Francisco de Sales, São Francisco Xavier, São João da Cruz, São José Calazans, São Pedro Alcântara, São Roque Gonzáles, Santa Ana, Santa Ângela de Mérici, Santa Escolástica, Santa Rosa de Viterbo e Santa Teresa D’Avila.

Santificada pela Dedicação do Altar e do próprio edifício e enriquecida pelo tesouro espiritual das relíquias dos santos, a nossa igreja foi revestida de um caráter sagrado que impõe respeito.

A “Igreja Viva e Participativa” vai acontecendo em nossa comunidade, onde vivemos momentos intensos de sinais de fé. Fomos agraciados com um belo presente do Abade da Igreja da Santa Cruz, Dom Simone M. Fioraso, que, a pedido do Cardeal Dom Cláudio Hummes, doou uma relíquia do Patíbulo da Cruz do Bom Ladrão São Dimas, guardada na Basílica de Santa Cruz em Jerusalém, na cidade de Roma, que foi entronizada na catedral no dia 17 de abril de 2009.

No ano de 2011, a  Catedral São Dimas completou 60 anos de existência e a comunidade ganhou um livro com os principais fatos e fotos da trajetória da comunidade, intitulado 60 anos da Paróquia São Dimas.

Problemas no antigo telhado, exigiram sua substituição total.  A partir desta necessidade foi iniciada uma grande transformação arquitetônica na Catedral de São Dimas. Com projeto da arquiteta Alécia Xavier, sob a supervisão do padre Rinaldo, novos elementos foram agregados à Igreja, como a grande cúpula de vidro com a cruz ao centro, a reformulação do presbitério e a construção da torre para os sinos no pátio externo. Com grande empenho do então pároco e de toda a comunidade, a Catedral São Dimas ganhou também uma nova Capela do Santíssimo, em local reservado e honroso. Dentro da Igreja foram erguidos grandes painéis no entorno do presbitério e colocado um novo ambão, adornados com os quatro Evangelistas, As paredes foram revestidas de mosaico, o piso foi trocado, o altar foi revestido e novos bancos foram colocados. Em frente ao mosaico que retrata o Espírito Santo foi colocada a Pia Batismal. Também foi feita a reformulação do estacionamento e o jardim foi repaginado. Padre Rinaldo também reformou o salão paroquial, a secretaria e construiu novas salas para reuniões, catequese e um auditório. Foram mais de 10 anos em obras para deixar bela a Igreja-Mãe da Diocese. com seu projeto arquitetônico único e arrojado.

Em fevereiro de 2019, padre Luis Fernando Soares toma posse como pároco da Catedral de São Dimas, assumindo o cuidado pastoral desta paróquia, onde a comunidade vive momentos fortes de fé, vence desafios, sempre na certeza da intercessão de nosso patrono São Dimas, o Santo do Calvário.